Que a meu respeito digam sem pudor,
que digam que sou louco - estou tranquilo! -,
pois louco - cada louco a seu estilo -,
tão louco, é louco apenas quanto o for.
Loucuras faço e as faço no calor
do sentimento. E o louco... Eu? Impedi-lo?
Nem quero! E nem amargo com sigilo
a psique que a loucura quer expor!
E louco - novamente! -, faço aquilo
que os loucos fazem: - torno-me uma flor
que envio a ti por meio dum esquilo!
Mas peço: - não estranha o portador;
não tem, talvez, nem mais de meio quilo,
mas leva a ti, desnudo, o meu amor!
Gilberto de Almeida
22/08/2012