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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Poesias da Vida - XXIX

(Juliana Paula Landim)

Não sou feminista - vivo noutra época!
Agradeço às feministas do passado,
que me abriram as portas
(coisa que os homens já não fazem mais!)!

Sem rancor,
tenho meu emprego,
tenho minha dignidade,
tenho meu respeito.

Por isso tudo, agradeço às feministas do passado.

Mas não sou feminista - vivo noutra época!
Não luto por direitos das mulheres;
luto por direitos das pessoas!
Sempre!

Acontece que ontem eu estava num bar
e havia três pessoas e duas cadeiras;
os dois homens se sentaram,
e deixaram a mulher em pé...

Um senhor que estava em outra mesa
(senhor de outra época, por certo!)
levantou-se e levou a própria cadeira para a moça se sentar.
Achei lindo!
Ela recusou; ele insistiu!
Ela recusou de novo; ele insistiu de novo!
Ela recusou!

Quando o senhor voltou ao seu lugar
nenhum dos dois homens teve a inspiração
de o imitar
e a mulher continou em pé...

Então, irritada, me perguntei o que eu seria, de verdade:

seria eu feminista (apesar de não admitir o rótulo!),
            por reivindicar o direito a uma cadeira para aquela mulher;
ou seria machista,
            por considerar a hipótese da fragilidade feminina?

Definitifamente, tenho impressão (não definitiva!)
de que não sou feminista
- e gostaria de viver noutra época!





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