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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Poesias da Vida - XXXIV

(Juliana Paula Landim)

Sabem a porta com detetor de metais
nos Bancos?

Sabem a senhorinha com algum cacareco de metal na bolsa,
que por mais que ela tire coisas de dentro
e tire coisas
e tire coisas
a porta insiste em travar?

Sabem o sujeito impaciente que sempre existe na fila,
que pragueja,
que amaldiçoa o banco,
amaldiçoa o vigilante (que está só fazendo o trabalho dele),
amaldiçoa a senhorinha (que está só querendo entrar);
e que todo mundo está errado
e só ele que está certo?

E que diz assim:
Só trava quando é gente de bem!
Se fosse um bandido passava reto!

Pois bem, um dia, no meu sonho,
ia entrar uma senhorinha, quando a porta apitou!
Até aí tudo igual!

Mas o vigilante, dessa vez caridoso,
a deixou entrar.
Na confiança!

E o sujeito impaciente entrou em seguida e dentro do banco foi rendido quando a senhorinha de bem tirou de dentro da bolsa um AK-47.

E o sujeito impaciente parecia uma mocinha sem impaciência nenhuma pois a avozinha bandoleira o fez engolir testosterona
miudinho com salsicha
e duas azeitonas!


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