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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Haicai e flores - XXV


Não há cerimônia:
Honesta beleza empresta
ao mundo a begônia...

Gilberto de Almeida
31/05/2013


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Poesias da Vida - XXXIX

(Juliana Paula Landim)

Difícil não generalizar
quando se trata de uma questão de gêneros,
por isso me abstenho.
Nem tento!

A diferença entre a mulher e o homem
no que diz respeito 
ao arrepio que percorre a espinha,
passando por todo o corpo,
e atinge o último fio de cabelo
é nada mais
que o local onde ele se origina:

Na mulher,
ele se inicia no coração,
apenas!

No homem,
em algum outro lugar,
apenis!


terça-feira, 28 de maio de 2013

Poema sem aspas

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O não omito: é ótimo o ano!
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Gilberto de Almeida
28/05/2013


Redes


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Selam-se males se derramo, novo no mar... redes! Selam-se males!
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Gilberto de Almeida
28/05/2013


Em todos os sentidos

Em todos os sentidos
é preciso sensibilidade
para amar verdadeiramente,
assim como,
para amar verdadeiramente,
é preciso sensibilidade
em todos os sentidos.

Gilberto de Almeida
28/05/2013


segunda-feira, 27 de maio de 2013

Ama, ama, ama...

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Ama cada dama; ama dada cama.
Ama, ama, ama...
a danada!

Agora roga...
A dama amada!
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Gilberto de Almeida
27/05/2013


domingo, 26 de maio de 2013

Poema com Gabritos - V


Gilberto de Almeida
26/05/2013



Haicai e flores - XXIV


Ah! O Amor-Perfeito...
Com graça, a todos abraça,
cada um de um jeito!

Gilberto de Almeida
26/05/2013


sábado, 25 de maio de 2013

Soneto do desencontro


Vai, sereno, o pôr da lua,
na manhã que prenuncia,
escondendo, à luz do dia,
a friez da noite crua.

Vai tranquilo, continua,
vai na triste poesia
relembrar, por fantasia,
tua doce imagem nua...

Vai-se a lua, foi-se embora!
De repente, estranho impasse:
- onde o sol? Por que demora?

Depois surge, qual se amasse...
Vai o dia, numa hora;
vai-se o sol e a lua nasce.

Gilberto de Almeida
25/05/2013


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vento


Ah! Vento, por que não te internas?
Sei bem - muito bem - o que queres:
- vêm as chuvas tão aguardadas;
tu sopras por trás das mulheres
(é a maneira como as tocaias!)
e, assim, lhes levantas as saias,
depois, lhes mordiscas as pernas
e as deixas todinhas molhadas!

Gilberto de Almeida
24/05/2013


Haicai e flores - XXIII

^

... "porque a reverência
recria o amor todo dia"...
Assim diz a hortênsia!

Gilberto de Almeida
24/05/2013



Um haicai entorpecido...


Aquele que fuma
confia na letargia
dançando na bruma!

Gilberto de Almeida
24/05/2013



quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sereia



(Mariana Nagano)

Esse amor meu
que eu não conheço,
belo e viril,
olhou pra cá...
Será o começo?

O que ele viu?
O que será?

Alguém na areia?

Ah!
se não for eu,
sereia!


Atenção


Gilberto de Almeida
23/05/2013



Mulher de Picasso


Gilberto de Almeida
23/05/2013



Força Criativa

(Vicente Galeano)

Aquilo que, na vida, se cultiva,
aquilo a que a vontade se dedica:
- a vã conversação; a estória rica;
a prosa degradante; a obra altiva;

o bem que a mente cria e incentiva
adensa o pensamento na botica
do espírito, que, pronto, multiplica
por dez, por cem a força criativa!

Se escrava compulsória do teor
do próprio pensamento se mantém
a alma, então cuidemos de compor

a obra luminosa para o bem;
olhemos para o outro com amor,
que as bênçãos voltarão... por dez, por cem. 


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Abraço-laço


Gilberto de Almeida
22/05/2013



Haicai e flores - XXII


Separe uma orquídea
 - sublime! Que o amor redime! -
e , amigo, convide-a!

Gilberto de Almeida
22/05/2013


domingo, 19 de maio de 2013

Poesias da Vida - XXXVIII


(Juliana Paula Landim)

Nasci na década errada,
mano!

Não sou a tal romântica
que chega a nascer séculos depois,
mas pelo menos umas décadas depois do que eu merecia,
ah!, isso eu nasci!

Cara,
minha turma juntou num fretado
e desandou a cantar!

Tchan-tchan-tchan-tchan...

Rolou cachora popozuda
porque o movimento era sexy
e o robocop era gay!

Minha amiga, dona Florentina,
foi daí pra baixo
(em todos os sentidos que a senhora queira pensar)!

Definitivamente, nasci na década errada!

Ou no planeta errado!

Paisagem



Aquelas pedras quentes
que pularam sobre as colinas da cidade de Salto
quando ainda eram magma
e ali não existiam colinas
e nem existiam cidades
não faziam idéia
de que toda sua força,
de que todo seu vigor febril
se transformaria em nostalgia,
em beleza, sim,
mas também, em inócuo esquecimento.

E eu - que vivo na nostalgia
de uma vida passada diante de meus olhos,
de uma vida de espectador -
temo que essa vida
se torne um lugar de vigores efêmeros,
de energia fugaz,
destinada -
como as rochas da cidade de Salto -
a se transformar em paisagem!

Gilberto de Almeida
19/05/2013

sábado, 18 de maio de 2013

Haicai e flores - XXI


Breve passageira
procura vida, a "Sakura",
flor de cerejeira...

Gilberto de Almeida
18/05/2013


Vita-vício



Por causa do vício
perdeu os dois rins!
Passou por suplício,
tormentos afins...

Mas, desde o início
dizia-me assim:
- Eu sou vitalício!
- Não é tão ruim!

É claro que era!
Por isso, não deu!
Agora, me espera

(coitado, morreu!).
Está noutra esfera
bem antes que eu!

Gilberto de Almeida
18/05/2013

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Mascavo


(Mariana Nagano)

Vejo cereja,
chego laranja,
sou framboesa.
abraço meu pão
de ló!

Uva, que seja,
fruta, ele manja,
deito na mesa
diz-me que não...
que dó!

Truta, está bravo,
trufa é a paz,
truco, eu consigo!
Beijo-lhe, é figo
doce e bem mais
mascavo!



Poema Aleatório - III


Como construir seu poema aleatório:

1) Monte o dado;
2) Jogue quantas vezes quiser;
3) A cada lance, anote a palavra, letra ou sílaba que surgir
(- as letras e acentos entre parênteses são opcionais)
4) Forme palavras e versos à vontade, juntando as partes como quiser;
5) Se a combinação de lances consecutivos do dado não fizer sentido, ignore e lance o dado novamente (ou não lance e forme versos e palavras sem sentido - não há problemas com isso);
6) Inclua pontuação gráfica e hifens, como quiser;
7) Pare quando quiser;
8) Não me xingue!
9) Se quiser, compartilhe seus poemas aleatórios nos comentários!

Gilberto de Almeida
17/05/2013


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Bom dia!

B om!
O ´timo!
M aravilhoso!

D ivino!
I ncrível!
A mor, amor, amor...

Gilberto de Almeida
16/05/2013


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Poema com Gabaritos - IV


Gilberto de Almeida
15/05/2013



Haicai e flores - XX


Tomada de agravo,
a rosa quis ser teimosa:
- viver sem o cravo!

Gilberto de Almeida
15/05/2013



Três poemetos crônicos

I

O trem estaciona.
Desentrenha a multidão esbaforida.
De longe, venho pela passarela
como sempre, solitário;
como sempre, na contra-mão!

Vejo o estouro da humanada que se aproxima.
Sobreviverei?
Estanco!

Quando abro os olhos, estou vivo!

Sobreviver não é uma decisão que nos compete!

II

Descendo as escadarias da estação,
passando por uma coluna
e depois do poço do elevador
existe um recanto.

Por detrás do recanto,
três cadeiras.

Cheguei no exato momento em que a moça guardava numa sacola
um par de sapatilhas sem salto.

Calçava agora uns sapatos vermelhos
com múltiplos apliques dourados
cintilantes...
de meio metro de altura!

E foi aguardar o trem.

III

Quando o trem parou na estação
o carro de passageiros estava lotado.
Ninguém desceu!

Fiz cara de sabonete
e escorreguei para dentro.
Ninguém deu um passo atrás,
não houve o mínimo favorecimento,
nenhum gesto!

Fiquei de frente para um senhor gordo
que me lançou dois olhos dardejantes!

Percebi que o que comprimia minha bunda
era a bunda de uma mulata
(mulatas têm esse hábito genético de possuírem bundas volumosas!
Eu não podia culpá-la!);
menos mal!

Consegui segurar no cano
(por favor, não me entendam errado! Trata-se daquela estrutura de metal que existe nos trens urbanos exatamente para isso, para as pessoas se segurarem.)
Depois fiquei procurando entre todas aquelas mãos, qual era a minha!

Só tive certeza mesmo quando o trem parou na próxima estação.
Várias mãos se soltaram.
A que sobrou era a minha.
Procurei sair rápido da frente das pessoas.
Tive certeza de ouvir o senhor gordo na minha frente rosnar...

O trem esvaziou,
eu me sentei.

Depois pensei que tudo aquilo deveria valer a pena
pois, chegando ao meu local de trabalho,
haveria alguém que eu convenceria a parar de fumar,
alguém que eu tranquilizaria
ou, se nada de útil eu pudesse fazer por ninguém,
,no mínimo,
cumprimentaria os pacientes 
com um sorriso!

Gilberto de Almeida
15/05/2013

terça-feira, 14 de maio de 2013

Trilha














Dizem que certa moça
tomada do ímpeto da juventude
entrou no comboio que partia da cidade de Nascimento
e se destinava à Morte.

E de carro em carro, pelo comboio
passou a procurar
incansavelmente!

E sua busca - como era usual
em se tratando de moças tomadas pelo ímpeto da juventude -
era pelo Amor Verdadeiro.

Mas, entre os passageiros afoitos
somente encontrou o Desejo,
o Passatempo,
a Paixão,
as Noites Divertidas,
a Solidão,
o Riso Farto,
o Desconsolo,
o Ódio,
o Falso Amor,
a Frivolidade,
a Ilusão...

E, de carro em carro,
de ano em ano,
envelheceu
triste.

Porque
(soube disso quando desembarcou!)
o Amor Verdadeiro
nem naquele comboio,
nem em lugar algum,
nunca fora passageiro!

Gilberto de Almeida
14/05/2013


Na Bilheteria


Na bilheteria, a funcionária,
toda sorridente, cumprimenta...
Não é fria, rude ou rabugenta,
nem grosseira, nem autoritária!

Mesmo a inteligência mais primária
ou terrivelmente desatenta,
não - de forma alguma! - se contenta!
- Ela é santa, agora, e eu, o pária?

Que comportamento inusitado!
Demonstrar, sem mais, essa alegria...
Tento compreender o que há de errado...

Mas é claro! É isso! Só podia!
Sem querer, eu mesmo fui culpado
pois, primeiramente, dei "Bom dia"!

Gilberto de Almeida
14/05/2013

domingo, 12 de maio de 2013

Mãe não é substantivo!

Mãe não é substantivo, mãe é adjetivo.
Substantivo é "progenitora", é "ancestral";
"mãe", nem toda genitora é.
Mãe é, acima de tudo, uma qualidade, 
uma distinção por merecimento.

É a alcunha que cabe àquela que deu à luz
e continua iluminando;

É o distintivo que se pendura no peito
de quem dentro dele 
carrega o rebento
que traz no colo;

É o perfume delicado que distingue no canteiro
a flor que cultiva
uma pequena semente;

É a galhardia de se sentir feliz pela vigília
que embala o sono 
de quem lhe tira o sono;

É a sublime qualidade 
de quem se sublima;

É a doçura resignada de quem vive em silêncio
a felicidade do sofrimento
que abençoa e cura;

Mãe é adjetivo;
é adjetivo indefinido,
gerúndio
e infinitivamente plural
- mesmo que isso não exista -
porque "mãe" é um vocábulo
que está fora da gramática.

Mãe é um vocábulo
que está no céu!

Gilberto de Almeida
12/05/2013



Hora do bem

Há algo que não podemos deixar passar.
Importa que o reconheçamos e, quando ele vier,
que o agarremos com todas as forças.

Esse algo é o bem,
é o bem supremo que se manifesta em nós
como uma dádiva.

É um botão de rosa
que brota no coração
e que reconhecemos pelo aroma divino 
que exala sobre todos os nossos atos.

Chegada a hora,
não a deixemos escapar.


Eu e Amigo
12/05/2013


sábado, 11 de maio de 2013

Mãe


Gilberto de Almeida
11/05/2013


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Lá do amor, a morte

Lá do amor, a morte.
Devora até amor. 
Tela do amor: a morte!
Devora até amor.
Tela do amor. 
Amor te devora até à morte.
Lá do amor, a morte.

Gilberto de Almeida
10/05/2013

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Amor teme, amor tece

Amor teme a morte. Se
amor teme; amor tece!
A morte me amortece.

Gilberto de Almeida
08/05/2013

Soneto triste


Um dia, descansando desta vida -
da busca interminável por dinheiro,
que, persistentemente, vem primeiro
em nossa humanidade empobrecida -

um dia, enfrentarei a despedida

daquilo de que, um dia, fui meeiro
(porque ninguém tem nada por inteiro
senão a própria alma arrependida).

Mas livre da matéria, mesmo assim,

porém, em nova casa e novo posto,
verei que a insanidade não tem fim.

Perceberei, do além, a contragosto,

quem permanece atrás, dizer de mim:
- viveu, mas morre, agora, de desgosto!

Gilberto de Almeida

08/05/2013



sábado, 4 de maio de 2013

Longe dos olhos...

(Vitória Régia)

E agora...é só chuva o que vejo
molhando teu rastro, tua ausência e minha saudade...
Meu rosto, colado na vidraça, disfarça
sempre que alguém passa...
E agora...é só uma sombra no espaço
um sonho perdido, no vento, no tempo...
Uma Roma Antiga, em ruínas, destruída...
E agora...é início de vida
é uma cabana, lá no alto da colina
pequena, sozinha, vazia....
lá onde o sol não esquenta
e onde a chuva é mais fria...
Meu rosto, colado na vidraça
sem graça, sem ninguém ver, nem saber
se chove, ou se choro...


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Réu quer!

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E DO PROMOTOR O RÉU QUER O ROTO MOR... PODE?
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Gilberto de Almeida
03/05/2013


quinta-feira, 2 de maio de 2013

Suavidade

Que seja
a suavidade nos meus atos, a companheira dos meus dias,
até que eu encontre
a fonte.

Que seja
a suavidade, divina suavidade, a prevenir
a dor que eu possa causar 
a alguém!

Que seja
a suavidade a impedir que eu provoque o sofrimento,
por mais suave

que seja
a quem quer
que seja!

Gilberto de Almeida
02/05/2013


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Haicai e flores - XIX


Pra mim é mentira
que adiante mostrar crisântemos
a quem não suspira!

Gilberto de Almeida
01/05/2013


Poema com Gabaritos - III


Gilberto de Almeida
01/05/2013


Poema aleatório - II


Como construir seu poema aleatório:

1) Monte o dado;
2) Jogue quantas vezes quiser;
3) A cada lance, anote a palavra, letra ou sílaba que surgir
(- as letras e acentos entre parênteses são opcionais;
- atribua à figura, quando ela surgir, a palavra que ela lhe inspirar);
4) Forme palavras e versos à vontade, juntando as partes como quiser;
5) Se a combinação de lances consecutivos do dado não fizer sentido, ignore e lance o dado novamente (ou não lance e forme versos e palavras sem sentido - não há problemas com isso);
6) Inclua a pontuação gráfica, como quiser;
7) Pare quando quiser;
8) Não me xingue!
9) Se quiser, compartilhe seus poemas aleatórios nos comentários!

Gilberto de Almeida
01/05/2013