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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Desintegração de posse

Aquele que

       pensava que

               tinha

               um carro,
               uma casa,
               um paletó,
               uma guitarra,

               uma pessoa querida,

               dinheiro no banco,

um dia ficou

               sem carro,
               sem casa,
               sem paletó,
               sem guitarra,

               sem uma pessoa querida,

               sem dinheiro no banco.

E seu desespero foi ouvido
muito além de tudo isso,

porque ele

       vivera para

               seu carro,
               sua casa,
               seu paletó,
               sua guitarra,

               sua pessoa querida,

               seu dinheiro no banco.

E, sem o que acreditava possuir,

       ao contrário, compreendeu-se

       possuído.

E agora chorava,

       porque continuava a pertencer 

       ao que nunca teve.

Gilberto de Almeida
29/05/2014.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

Possuído-Possuidor


Gilberto de Almeida
28/05/2014


domingo, 25 de maio de 2014

Biacróstico


Gilberto de Almeida
25/05/2014



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Orvalho


Nas curvas do caminho, o abatimento
sufoca a humanidade, fatigada.
O orgulho é morte; o ódio, o fio da espada
que brande o homem, sem discernimento,

porque a soberba é mãe do sofrimento,

alcova da ilusão, penosa estrada!
Porém, adiante, há Terra iluminada
em sonho esperançoso que acalento:

- o amor, a fulgurar na noite escura,

qual luz a remediar - bendita cura! -
as dores dos humildes e cansados...

Tal força, como o orvalho sobre os prados,

transforma o orgulho em branca suavidade
tingindo os corações de caridade...

Gilberto de Almeida

22/05/2014


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Matemática


Gilberto de Almeida
21/05/2014



terça-feira, 20 de maio de 2014

Fora da caridade


Gilberto de Almeida
20/05/2014



domingo, 18 de maio de 2014

Caminho noturno


Gilberto de Almeida
18/05/2014



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Alforria

P odemos transformar o resultado
E nquanto nem sequer aconteceu:
R esiste, sim, no entanto, conturbado,
D ecerto presumindo que algo é seu,
O homem, ruminando, injuriado!
A corda! Segue em busca do apogeu...
R etira da lembrança o que é passado!

Gilberto de Almeida
09/05/2014



quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Reflexo do perdão

Ah! Se o perdão fosse gente...

Se o perdão fosse gente,
aí eu teria a prova,
quando ele se olhasse no espelho.

Se o perdão fosse gente
e se olhasse no espelho,
ele veria a paz!

Gilberto de Almeida
07/05/2014