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sexta-feira, 27 de março de 2015

Separação

Separação, ah!, separação
- essa neta natimorta de Maya,
primogênita do seu primogênito,
efêmera como a nuvem,
mas estrondosa como o trovão

- se a separação é assim
qual bruma passageira,
como cortinado tecido de ilusão,
por que, então, como Erisícton,
insistente, me devora?

Só pode ser neta de Maya,
que igualmente me consome!

Ah!, Poder Infinito,
dá-me a sabedoria que se derrama sobre esta tarde,
antes do horizonte enlaçar o sol;
dá-me a ternura dos Teus raios cálidos
para meu eterno convencimento;
faz-me saber, como sei agora,
que acima de Maya e das nuvens
e do rugido do trovão
está a Verdade Imorredoura
como um doce sussurrar enamorado...

Está o amor, que sempre ata;
Está o amor, que nunca morre!

Gilberto de Almeida
27/03/2015