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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Menos um


Como sempre, na contra-mão.
Sou eu.
E não me importo.

Todos querem o tal do pensamento crítico.
Deus, livrai-me do criticismo.

Todos querem.
Deus livrai-me de querer.
Ou pelo menos, de querer do meu modo.

Gilberto de Almeida
28/12/2016


sábado, 17 de dezembro de 2016

Nove natais


A consulta era com a mãe.
À despedida, perguntei à menininha:
- Quem é que você está esperando no natal?

- Papai noel!

Reformulei a pergunta:
- Mas no natal, a gente comemora o aniversário de quem?

Olhar de ponto de interrogação dirigido para a mãe.

A mãe justifica-se:
- A gente esquece de ensinar!

Nove natais da pequenina.

Gilberto de Almeida.
17/12/2016


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Nem sombra


No natal não tenho visto
nem mais sombra do Cristo.

Gilberto de Almeida
11/12/2016


domingo, 11 de dezembro de 2016

Poema em zigue-zague.


Termina o ano. Termina o dia.
Dia quente. Ano frio.
Vem o natal. Sussurra a brisa.
Refresca o corpo. Aquece a alma.

Gilberto de Almeida.
10/12/2016


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Heroísmo de natal


Descer da morada dos anjos
para mergulhar no lodo
da ignorância humana;

eis aí

o heroísmo de natal.

A cruz foi libertação!

Gilberto de Almeida
09/12/2016


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Tela em branco


Não há um porquê!
É apenas uma sensação.

Depois do natal,
depois de um bem sentido natal,
em que, por alguns instantes,
tomamos posse de nós mesmos,
furtando-nos às frivolidades acessórias;

depois desse natal,
em que, apartados da sintonia comum,
permitimos ao Cristo invadir-nos a alma;

Depois desse natal
estaremos diante de uma tela em branco...

Um convite.

Gilberto de Almeida
08/12/2016


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Natal é ensaio


Natal é ensaio;
humanidade é espetáculo.

Aqui se treina
doação e afeto;
ali se realiza.

Natal é laboratório;
humanidade é campo.

Aqui se experimentam
luzes artificiais;
ali se ilumina.

Natal é banquete;
humanidade é fartura (e fome!).

Aqui se devora
quitutes e guloseimas;
ali se alimenta.

Natal é prelúdio;
humanidade é sinfonia.

Aqui se inicia
o entendimento fraterno;
ali se ama.

Natal é primário;
humanidade é superior.

Aqui engatinhamos
no entendimento coletivo;
ali nos diplomamos.

Que o ensaio natalino
desperte a humanidade.

Aqui somos chamados
ao exercício do bem;
ali realizamos.

Gilberto de Almeida
07/12/2016


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Natal em flocos


Ah! Que sensação reconfortante
quando o natal começa a cair, em flocos,
sobre as neves da minha vida...

Gilberto de Almeida
06/12/2016


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Natal diferente


Estou imaginando um natal diferente
porque, no natal, de fato,
 muito há que eu não entendo.

No meu natal diferente,
Ao invés de Papai Noel
(de onde ele veio?)
todos esperariam, 
procurariam,
aguardariam
e elevariam seus pensamentos 
a Jesus.

Ao invés de um pinheiro
(de onde ele veio?)
haveria, no máximo, uma oliveira,
porque isso faz sentido.

Ao invés de um monte de gente
em conversação ruidosa
fartando-se até o limite,
haveria pequena família
em silêncio reverente
e refeição frugal.

Nem uísque, nem cerveja,
nem álcool de espécie alguma.
Vinho, talvez uma taça,
porque isso faz sentido.

Quem sabe, haveria as luzinhas que piscam
porque são poéticas
e porque fazem sentido, também...
Mas poderia haver velas.
uma meia-luz acolhedora
lembrando aquele tempo
de candeias...

Não haveria troca de presentes
(que se compra sem querer gastar
e se dá com receio de errar!),
Haveria, talvez,
incenso e mirra,
ao pé da Oliveira, se tanto,
como homenagem póstuma
a Quem desprezamos em vida.

Não haveria discussão estéril
sobre o valor do dólar,
sobre o último eletrônico da moda,
nem mesmo sobre a receita do peru
(não haveria peru!).
Seria um momento de contar histórias
para as crianças e adultos
a respeito da Vida
do Homem-Luz.

Seria momento de entrega,
de revivescência,
de agradecimento
e de oração.

No meu natal diferente,
ninguém deblateraria,
nem daria gargalhadas estridentes,
ninguém contaria bravatas,
nem esbravejaria com as crianças.
Todos se diminuiriam
para o aniversariante aparecer.
E sentir-se-iam felizes
de uma felicidade serena.

É assim que seria
o meu natal diferente.

Mas é claro que,
exceto, talvez, num santuário,
 ninguém quer um natal assim!

05/12/2016
Gilberto de Almeida


domingo, 4 de dezembro de 2016

Negação















N ego, nego, nego!
A ssim disse o apóstolo.
ambém negarei, eu?
cima de qualquer dúvida
uzes de Eterno Amor...

Gilberto de Almeida
04/12/2016


sábado, 3 de dezembro de 2016

Na época do natal


Conheci uma pessoa,
a primeira.

Na época do natal
sempre renovava votos
de não cometer mais
os mesmos erros,
os mesmos erros,
os mesmos erros...

Não conheci a segunda pessoa.

Conheci outra pessoa,
a terceira
(desta vez, do plural).

Na época do natal
 sempre renovava votos
de não cometer mais
os mesmos erros,
os mesmos erros,
os mesmos erros...

É claro! Este poema é uma generalização,
mas tenho forte razão acreditar que seja verdadeiro
pelo menos no que diz respeito à primeira pessoa.

Gilberto de Almeida
03/11/2016


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Hoje também é dezembro


Hoje é dezembro, segundo;
o que, a outra questão,
quase tudo reduz:

- por onde, no mundo,
(onde é que estarão?)
os discípulos de Jesus?

Gilberto de Almeida
01/12/2016

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Auto-parodiando, "Hoje é dezembro"


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Hoje é dezembro


Hoje é dezembro, primeiro;
o que tudo reduz
à questão essencial:

- será verdadeiro
que ainda é Jesus
o motivo do natal?

Gilberto de Almeida
01/12/2016